Os céus estão chorando, mas não ouvimos o som,  
Estamos ocupados demais construindo em solos que afundam.  
Os rios colapsam, enquanto escrevemos e cantamos canções,  
Temos corrido tão rápido, mas sempre na direção errada.  

Mãe Terra está clamando, mas ainda estamos indiferentes,  
Trocando a existência dos que virão pelas verdades artificiais que criamos.  

Oh, não consegue perceber?
Ainda não é tarde para recomeçar,  
Para curar nossas feridas mentais,
Para dar tempo da Mãe Terra se curar.

As florestas estão sumindo, como sonhos bons na noite,  
Estamos queimando dopados e furiosos toda a natureza que nos mantêm vivos.  

Estamos desumanos demais,
Roubando cada vez mais cedo a inocência, a saúde e o futuro de nossas crianças.
Mas estamos empenhamos demais criando sóis, realidades e inteligências artificiais.  

Imagine um mundo onde o ar é puro,  
Onde os oceanos são azuis e os campos são verdes.  
Imagine um mundo onde todos pertencemos,  
Ao ritmo da vida, à doce canção da Terra.  

O relógio artificial interpreta nossa vontade programada e reprogramada sobre o que é o tempo,
Mas o tempo real é nosso inimigo desde o primeiro calendário que fizemos,  
Todas as más escolhas que fizemos e fazemos que decidem a intensidade do caos que sobrevivemos e morremos.

Então vamos plantar as sementes de um hoje melhor,  
E começar a restaurar o que estamos destruindo há milênios

Mãe Terra está clamando …  
Vamos todos ouvir desta vez?  
Ou vamos continuar fingindo  
Que o mundo é só meu e seu?  
Nem meu, nem seu?
De ninguém!