Sempre que reflito sob o cristalino dos seus olhos
Quase consigo sobreviver
Sempre que insisto e convirjo
A esperança ofusca o final

Como os sete céus
Presos em telas
Pincéis, tintas e celas
Enquanto forças moribundas
Tentam desfazer isso
Você também tenta se libertar

Sempre que insisto invento
Tanto mais de mim
Como de você...
Sempre que insisto, sinto, acelero...
E freio a qualquer custo
Uma curva antes do final

A flor da pele
Quem me dera
Sem morrer
Poder renascer
Intacto dentro de você

Mas, quem me dera?
Vou morrendo todo dia
Um pouquinho mais
Mais uma vez dentro de você!

Mas, ainda é tão ardente
Tudo meu que pertence a você
Mas, ainda é tão ardente
Que me queima e consegue te preservar

Mas, ainda é tão ardente
Que queima meus infernos
Que estão dentro de você

Mas, ainda é tão ardente
Que me queima só
Para te preservar...