ALUCINAÇÕES
Eu fico relendo as mesmas cartas
Que você não me escreveu
Encenando reencontros
Entre dias que não voltam
E outros que não vêm
Sobrevivo minhas dores de homem
Protegendo sentimentos puros
Que não cabem em anjos
Calma que nos dá o dom
De tocar quase nos outros
Que nem nos toca Deus
Assim, blindado de alucinações
Estigmatizado e míope
Transgredindo gerações
De Botticelli a Modigliani
Além de Manhiça e Carpaneda
Nu, nesse quarto tão escuro
Preservando o que já não existe
Há muito tempo sem você
Eu vou escapando doutra estação
Nesse ritual de fogo e folhas secas.
Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 18/06/2015
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