Infelizmente, no Brasil, a resseção econômica, o desespero empresarial, o despreparo político, a prostituição partidária, a encenação judiciária, a hipocrisia da mídia, o apartheid republicano e as crises institucionais se alinharam, e, desde então, se mantém num patamar de desilusão e descredibilidade histórica, no qual até o opressor e o oprimido deram as mãos e começaram a achar que areia serve de água para limpar, assim como navalha para fazer carinho na pele, onde trocar acusações absorve culpas, e vestir camisas coloridas, postar fotos nas redes sociais, caminhar e gritar palavras pré-fabricadas de ordem tornam alienados em nacionalistas. Como se existissem fórmulas ou milagres instantâneos nos cérebros famintos e sedentários dos nossos analfabetos, políticos, empresários, intelectuais e acadêmicos de carreira, capazes de darem ao Brasil uma independência política, militar, social e econômica que não temos há mais de um século.