ABSTINÊNCIA & ALUCINAÇÃO
Já queimei tantos retratos
Tenho medo do que trago
Na carne, na alma que é seu
Cheiro sua ausência
Resvalo na demora
E tudo que eu tenho
Não é meu
É mais um gole de absinto
É mais que a dor que eu sinto
É um sentimento que não consigo conter
Vida que não sei mais viver
Queimo, mas é desnecessário
Memórias não se queimam
Luto em vão contra os fatos
Fecho olhos e enxergo você
Enxergo você
Não consigo te tocar
Lavo meu corpo
Não consigo te tirar
Injeto nas veias
Mas não consigo aliviar
Porque o sangue não corre pela alma
E eu já não sei quem sou eu
Se é que eu já fui alguma vez sem você
Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 17/12/2013
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