EM BRANCO...
É de noite que eu tenho medo
Essa liberdade vem me aprisionar
É inútil guardar meu segredo
Se meu olhar deixa tudo escapar
Rasgo, mas é desnecessário
As memórias não se rasgam
Tento, queimo as cartas
Mas as palavras que foram lidas
Não se queimam na alma
E gotas de orvalho nas orquídeas
E essa tristeza-saudade que não termina
Pois ainda não sei filtrar
As coisas que me filtram
Por isso o vazio do branco ainda me alucina
Ainda alivia
O que não tem alívio nenhum
Mas que segue me acalmando
Por enquanto entorpecendo...
Lambuzando minha alma em tantos sentimentos secos
Purificando meu corpo de um delicado jeito
Com sua voz, seu olhar, seus dedos...
Até a noite amanhecer
E o branco deixar meu corpo
E eu ter que começar tudo de novo
Sem saber se eu vou ganhar ou perder
Pra essa rotina...
Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 21/12/2010
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.