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DA AGUARDENTE AO FRANCÊS
Por muitos anos fiquei calado
Discordei da decisão
Mas não interferi no trato
Que você fez com o tempo
Sem antes combinar comigo

Depois de vinte e poucos anos
Ainda parece que foi ontem
Você seguiu sorrindo
E eu fiquei chorando
Com um vazio maior
Do que a fome que assola o Brasil

Ainda me calo nos aniversários
Quatorze de agosto
O que hoje é abismo outrora foram passos
Tomo uma aguardente
E recito aqueles versos que eu escrevi em francês

Desabafo com o Benito
Gal me olha, olhares longes...
E a menina lá atrás não compreende
Que o piano do Rodrigo
E o cravo da Rosana
Sustenta a vida que em mim já se mandou

Insano grito o nome do Leoni
E a voz de Frejat é que ecoa a mil...

Por muitos anos fiquei calado
Discordei da decisão
Mas não interferi no trato
Que você fez com o tempo
Sem antes combinar comigo

Depois de vinte e poucos anos
Ainda parece que foi ontem
Você seguiu sorrindo
E eu fiquei chorando
Com um vazio maior
Do que a fome que assola o Brasil

Ainda me lembro como se fosse agora
Você de All Star com uma blusa preta e uma calça jeans
Um solo na guitarra agora não é nada
E aquele gosto que eu tinha guardado na alma
Nas aventuras, em outros corpos se espalhou...

Por isso me calo nos aniversários
Quatorze de agosto
O que hoje é abismo outrora foram passos
Tomo uma aguardente
E recito aqueles versos que eu escrevi em francês...
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Enviado por Site Franklin Mano em 26/11/2010
Alterado em 30/11/2010
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