Genealogia
Olhos, salivas nos lábios
Um perigo que me atrai
Peles, promessas, e pêlos
Um prazer que me distrai
No âmago, sem filtros
A overdose é a cura
E eu vejo...
Sei, mas não conto os passos
Prudência não vai me salvar
Do tempo que corroí tudo
Que precisa, ou não de ar.
E uns tem receio
De fechar os olhos
De dormir um sono
De nunca mais acordar.
(Covardia popular que me assusta)
E eu vejo...
O desespero e o asco
De quem esperou
E se cansou de esperar
Um tormento que leva muita gente
A não mais respirar
E outros têm meios
De conseguir agüentar
De se levantar depois da queda
Dicotomia de me faz esperar
(Chave que não me assusta)
Corpos procurando
O que não podem encontrar
Cicerones sem guias
No labirinto onde vão chegar?
Rotatividade...
Ciclos que me desnaturam
Perigos que me distraem
E corpos inda procurando
O que não podem encontrar
Pois liberdade em excesso
Também chega a aprisionar
Pensar com limites
É tão nocivo quanto não pensar
E eu vejo...
E eu não consigo enxergar...
A solução pra essa incógnita
(Será que no DNA não existe a cura?)
Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 28/06/2010
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