Transmutações Desgovernadas
Eu fechei os olhos
Viajei distante
Sem sair do canto
Fui tão longe
Tão longe
Que não sei voltar
Refutei tudo que aprendi com os anos
Revoguei todos os planos
Anseios, desatinos de um humano
Meramente comum
Queimei todas as fotografias
Abri uma a uma as feridas
Extraí com calma o pus da alma
Pra carne enfim poder cicatrizar
Mergulhei em mim
Nesse oceano
Vasculhei minuciosamente
Em cada canto
Encontrei os mortos
Que eu consegui um dia
Por raiva, desencanto
Afogar...
E hoje longe
Longe dos meus passos
Enfim mais perto de algo exato
Ainda sou um discente
Como posso te ensinar?
Teus olhos castanhos
Meu segredo branco
Tantos passos
Encontros, desencontros
Explorei o universo
Entrei no prumo
Sem sair do lugar
O fim, o recomeço
Ciclos tão constantes
Expandi a mente
Mas não foi o bastante
Eu conjuguei tudo
Mas me sinto como antes
Nada do que eu faço
Consegue me realizar
Agora eu sou mais um viajante
Antes fui um cicerone
A força que me oprime
Não conseguiu nem por um instante
Me domesticar
Suas verdades
Outras mentiras
Já vivi a esmo tantas outras vidas
Só não consegui do meu cerne
Outra vida retirar para aqui deixar.
Teus olhos castanhos
Meu segredo branco
Tantos passos
Encontros, desencontros
Já não somos como antes
Ainda sou um discente
Me diz como é posso te ensinar?
Teus olhos castanhos
Meu segredo branco
Tantos passos
Encontros, desencontros
Já não somos como antes
Cada um leva agora a vida que queria
Sem saber como levar...
Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 23/06/2010
Alterado em 09/07/2010
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