Fenômeno nacional das vanguardas da música brasileira, o jovem Rafael Beck, de apenas dezoito anos, reside no município de Atibaia e vêm conquistando o Brasil por seu trabalho ímpar enquanto músico, no domínio da flauta transversal em gêneros como o choro e a música popular brasileira como um todo.
Seu estopim para a música se deu quando, ainda criança, começou a aprender a tocar flauta doce - dentro do próprio ambiente escolar. Em contrapartida, suas habilidades não eram satisfeitas apenas pelo ensino básico do instrumento (incluso na grade curricular), o que o levou a recorrer a seu pai - produtor musical - para continuar estudando.
Beck posteriormente iniciou-se na flauta transversal, já surpreendendo a todos com a facilidade com que se desenvolvia no instrumento; e, mais tarde, aprendeu também a tocar piano para praticar harmonia.
O prodígio atibaiense gravou seu primeiro CD aos sete anos, com músicas de Pixinguinha, Tom Jobim, Dorival Caymmi, dentre outros nomes da música brasileira.
Músico em ascensão no movimento artístico nacional, Rafael subiu ao palco, ainda aos oito anos, para se apresentar ao lado de Dominguinhos, no Festival de Inverno de Atibaia de 2009 e mais tarde, em 2010, ingressou na EMESP (Escola de Música Estadual de São Paulo) Tom Jobim, aprofundando-se no estudo da música erudita.
Desde então, Beck ganha os palcos brasileiros e leva adiante a importância de difundir a cultura musical nacional, eternizando o trabalho de mestres como Altamiro Carrilho, cuja obra já recebeu interpretação do jovem – na flauta – e de seu parceiro na música, Rafael Schimidt – ao violão – em Álbum protagonizado por ambos e lançado exitosamente em 2016.
O jovem atibaiense também já dividiu o palco com artistas renomadíssimos como o músico e compositor Ivan Lins conhecido pelas inúmeras gravações de sua obra no mundo todo.
E certamente não surpreenderá ao leitor saber que Rafael foi reconhecido internacionalmente, ingressando no Conservatorium Van Amsterdam, no qual pode aprofundar seu estudo e técnica no jazz durante três meses em território holandês – fruto do mérito e do talento inegável do jovem, que utiliza do seu talento e habilidade musical (decorrentes também de seu estudo e dedicação diários, é claro) para exaltar a obra riquíssima de músicos brasileiros que trilharam o caminho para que jovens músicos, como ele, pudessem hoje desenvolver-se amplamente versando entre o aprendizado musical e sócio cultural brasileiro – tão presente em gêneros como o choro.
Mais recentemente, em setembro, Rafael Beck foi convidado – ao lado do parceiro Rafael Schimidt – para se apresentar na abertura do Fórum CEO Brasil, Evento que reuniu os cento e cinquenta maiores líderes do setor privado brasileiro para discutir, na Bahia, ações propositivas que corroborem com um futuro mais justo, igualitário e promissor para diferentes representatividades da sociedade brasileira. Com o tema “O Brasil do futuro”, empresários de todos os cantos do país se encontraram para discutir o protagonismo dos executivos na construção de um país mais competitivo.
Com visibilidade internacional, o Evento foi enriquecido pela apresentação de ambos os “Rafas”, que foram aclamados após seu exímio momento que, sem dúvidas, comprovou o ponto a que se propôs o Fórum: o Brasil escreve, a cada dia, o seu futuro, nas mãos de jovens pró ativos, talentosos, frutos da terra e, acima de tudo, dispostos a resgatar as raízes de sua cultura; a entoar as melodias tradicionais e a exaltar o que temos de mais precioso, a cultura brasileira. “Não estou sozinho nesta caminhada, existe um movimento muito forte de choro pelo Brasil. Na música instrumental, por exemplo, é o mais tocado! Os nossos projetos, tendo por exemplo o trabalho que venho desenvolvendo, procuram fortalecer a música brasileira, além de qualquer gênero de expressão musical” – conta Beck, em entrevista exclusiva ao Jornal O Atibaiense.
Apresentou-se também, com o mesmo duo, na vigésima edição do Ipatinga Live Jazz, um circuito de música itinerante que já recebeu na cidade mineira nomes como Elza Soares e João Bosco. Ao final de setembro, os dois músicos estrelaram apresentação no Teatro Usiminas durante o circuito, para aproximadamente trezentos amantes da música que os prestigiaram.
Neste ínterim, Rafael Beck é a materialização do que toda uma geração de músicos projetava para o Brasil: a eternização das expressivas obras que não podem se perder em meio à popularização de outros gêneros e, pior, à banalização do trabalho local. O jovem, portanto, caminha pelo Brasil como o Flautista de Hamelin, o mágico de ancestralidade alemã – bem como o jovem Beck –, que, na literatura dos Grimm, era capaz de encantar e fazer-se ser ouvido por onde passava.
Rafael também encanta por seus caminhos e faz-se ser ouvido não só por seu indiscutível talento, mas pela importância de sua atuação musical. E podem anotar o seu nome, porque esta, certamente, não será a única vez em que ouvirão falar dele.
Duo Rafael Beck e Rafael Schimidt - Ponteio (Edu Lobo/Capinan)
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