Alexandre Silva de Assis nasceu em 25 de dezembro de 1969, no Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Popularmente conhecido por Xande de Pilares, leva Pilares no nome, mas foi no Morro da Chacrinha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que a história musical de Xande começou. “Lá em casa tinha um quintal enorme. E todo mundo fazia festa. Um tio tocava violão, outro cavaquinho e bandolim. Meu avô, acordeão. Minha avó e minha mãe cantavam. Faziam grandes reuniões e eu, pequenininho, ficava quieto assistindo a tudo”, lembra o cantor e compositor, que nasceu em 1970.
Quando era criança, o filho de Dona Maura e Seu Custódio quase não saía de casa. A mãe severa não deixava o menino brincar pelos caminhos do morro “pra não virar marginal”. “Foi uma das frases que eu mais ouvi durante a infância!” Só restava ao pequeno Alexandre uma alternativa: o violão, que ficava no canto da sala. “Fui aprendendo a tocar com meu tio Mauro Roberto e também com aquelas revistinhas que mostravam a posição dos dedos.”
As influências musicais foram chegando, sempre embrulhadas para presente. “No Natal, ganhava dois LPs: um do Roberto Carlos, que eu adorava, e um de samba: Martinho da Vila, Elza Soares, Jorginho do Império, Benito de Paula, Agepê, Bezerra da Silva, Dicró, Clara Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho.... Tinha também influência da música importada. Me lembro dos meus tios fazendo aqueles cabelos black-power com garfos. Gostava de Jackson Five, James Brown, Ray Charles e AC/DC.”
Quando uma tempestade destruiu a casa no Morro da Chacrinha, a família se mudou para o Morro do Andaraí e, depois, para São Gonçalo. Em 1981, atravessou o viaduto de Pilares e foi morar na comunidade Águia de Ouro, colada ao cemitério de Inhaúma, que virou seu quintal. Foi lá que perdeu medo de cemitérios, já que era o local de soltar pipa e comer manga no pé.
Durante os anos 80, levado pelo seu primo Guará, começou a frequentar os pagodes que se espalhavam pelo subúrbio do Rio de Janeiro. O Cacique de Ramos foi o primeiro que conheceu. “Eu era só um menino em volta daquela mesa tentando chegar perto para poder ver! Ver a Beth Carvalho, o Zeca Pagodinho, o Arlindo Cruz e Camunguelo que, de repente, largava a flauta e mandava um verso. Até então eu ainda não conhecia verso de partido alto. Tinha aprendido a versar de um outro jeito, com as festas da Folia de Reis que tinham no morro.” Nesta mesma época, frequentava o Pagode do Boleiro, o da Beira do Rio e o Pagofone do Cachambi.
Aos 16 anos, começou também a tocar pelos pagodes. “Um dia, em Pilares, passei num lugar que tinha um botequim pequenininho e esse pessoal estava cantando um samba. Achei lindo, mas não sabia a letra. Cheguei em casa, peguei o caderno e fiz uma letra por cima daquela melodia, uma paródia. Até que um dia, em um pagode do Engenho da Rainha, me falaram que a música era do Thundi. E que se ele me visse cantando com a outra letra, ia me dar uns cascudos! Aprendi a letra certa!” A música era “Velocidade da Luz” e logo entrou para o repertório de Xande, que foi passando pelos pagodes e rodas de samba da cidade.
Tocava em barzinhos no intervalo dos estudos e do trabalho como metalúrgico. “Pegava meu cavaquinho, fazia um freelance, ganhava um dinheiro, me divertia. Frequentava e tocava no Pagode da Geci, no Compasso da Vila, no Risco de Vida, na Adega do Sambola”, relembra.
Participou do programa de auditório da extinta Rádio Tropical, importante divulgadora do samba no fim dos anos 80. Lá, se apresentava no programa e “ficava torcendo para ser escalado, para a família se reunir e me ouvir cantando no rádio”.
O Revelação se formou em 1992 com Xande na voz e no cavaquinho, Luciano Nascimento (tan tan), Sérgio Rufino (repique de mão), Alexandre Brasilia (pandeiro), Ronaldo Chagas (violão) e Artur Luís (reco-reco).
O pagode toda quinta feira na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Abolição ficou famoso. Mas o grupo só lançou seu primeiro disco em 1999. Foram ao todo nove álbuns, quatro DVDs e mais de dois milhões de discos, sem contar as coletâneas e participações. Os sucessos, muitos: “Velocidade da Luz”, “Tá Escrito”, “Mulher Traída”, “Coração Radiante”, “Só Vai de Camarote”, “Grades do Coração” e “Deixa Acontecer”.
As composições e parcerias de Xande também estão na voz de vários intérpretes. “Samba de Arerê” (Xande/Arlindo Cruz /Mauro Jr) foi gravada por Beth Carvalho e Diogo Nogueira. Maria Rita escolheu “Mainha me Ensinou” (Xande/Arlindo Cruz/ Gilson Bernini), “Bola pra Frente” (Xande/ Gilson Bernini) e “Nunca Se Diz Nunca” (Xande/Leandro Fab/Charlles André). Leci Brandão gravou “Perdoa” (Xande/Helinho Salgueiro) e “Meu Oceano” (Helinho do salgueiro / Xande de Pilares / Mauro Junior).
Com a fadista portuguesa Raquel Tavares, compôs “Aceita” e com o cantor americano David Elliot, filho Dionne Warwick, “My Moon”.
Em 2014, ganhou seu primeiro samba-enredo no Salgueiro, sua escola de coração. “Gaia, a vida em nossas mãos” (Xande de Pilares/Dudu Botelho/Miudinho/Betinho de Pilares/Rodrigo Raposo/Jassa) foi um samba nota dez e conquistou os prêmios Estandarte de Ouro e Tamborim de Ouro.
Estreou em 2014 no cinema, contracenando com Regina em “Made in China”, filme de Estevão Ciavatta.
Em 2014 lançou o CD “Perseverança” pela Universal Music, primeiro da carreira solo.
Xande integrou o elenco do programa “Esquenta!” da Rede Globo por três temporadas, 3ª (2012-2013), 4ª (2014-2015) e 5ª (2016-2017), sob a apresentação de Regina Casé.
Em fevereiro de 2019, o sambista embarcará para uma turnê por Suíça, Itália, Alemanha, Inglaterra e Portugal.
Em março de 2019 gravará o primeiro DVD de sua carreira solo.
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