Francisco Bezerra de Lima é o nome de batismo de Azulão, apelidado pelo radialista Arlindo Silva, pelo fato de Francisco só se apresentar com roupas azuis. Ele dizia: “Bote esse Azulão para cantar”. O povo adotou o apelido que dá origem ao artista Azulão.
Azulão nasceu em Brejo de Taquara, distrito de Caruaru, em 25 de junho de 1942. Neste dia, ainda restavam brasas da fogueira de São João, e talvez por isso, ele tenha nascido com o forró nas veias.
Aos 9 (nove) anos já arriscava umas cantigas ouvindo os tios que eram músicos, sem exercer a profissão. Mas foram as interpretações e os acordes de Luiz Gonzaga que despertaram em Azulão a paixão pela música e ele nem imaginava que anos depois subiria ao palco junto ao Rei do Baião (Luiz Gonzaga). Nessa época, o menino Francisco vendia picolé nas ruas de Caruaru, e eventualmente apresentava-se no auditório da Rádio Difusora, onde foi sendo descoberto pelos radialistas caruaruenses.
Em 1964, Azulão já era sucesso. O grande público já pedia suas músicas, na rádio, era o tempo de ‘Olhei meu amor’ (primeiro sucesso de um compacto duplo). Veio então o convite do Mestre Camarão para Azulão integrar - como vocalista – a Bandinha do Camarão (primeira banda de forró do Brasil), onde passou vários anos e gravou 2 (dois) LP´s.
No ano de 1975 gravou seu primeiro Long Play solo – ‘Eu Não Socorro Não’, pelo Selo Esquema. Todas as músicas foram um grande sucesso. A partir de então, não parou mais. Ano após ano emplacando sucessos em todo Nordeste, como ‘Dona Tereza’, ‘Nega Buliçosa’, ‘Mané Gostoso’, ‘Trupé de Cavalo’, ‘ Ô Invocado’, ‘Afogando a Minha Dor’ e tantas outras músicas, lembradas até hoje e perpetuadas pelas novas gerações.
Medindo 1,45m de altura, nem dá pra esperar uma voz com tamanho vigor. Mas no palco, o pequeno grande – outro apelido que ganhou do locutor Ivan Bulhões, que diz sobre Azulão “além de contagiar, tem ritmo, carisma e muita malandragem”.
Como compositor, ele retrata com clareza as coisas da sua gente, da sua região. Suas canções podem ser ouvidas nas vozes de Marinês, Genival Lacerda, Jacinto Silva, Os Três do Nordeste, Marinalva, Joana angélica, Déu do Baião, Messias Holanda, Valmir Silva e além de outros grandes nomes da música nordestina brasileira.
Realizou shows em Belém-PA, Fortaleza-CE, Salvador-BA, Aracajú-SE, Natal-RN, Porto Velho-RO, Governador Valadares-MG, Picos-PI, Campina Grande-PB, várias cidades dos Estados de Roraima, Rio de Janeiro e São Paulo, além de inúmeras Cidades do Nordeste Brasileiro.
Nos anos de 1970 participou da caravana junto com, Jacinto Silva, Tonho de Alagoas apresentando-se na Venezuela.
Por tudo isso, Azulão é a grande referência musical da Capital do Forró – Caruaru – cidade cantada por ele em vários de seus LP´s. Azulão sempre esteve ligado à valorização da Cultura Pernambucana, sendo um de seus maiores representantes.
HOMENAGENS RECEBIDAS
Ano de 1995. Homenageado do São João de Caruaru-PE. Título: São João Azulão.
Ano de 2003. Documentário em Homenagem a Azulão. Título: Azulão – O Pequeno Grande. Documentário premiado com a melhor trilha sonora na Jornada da Bahia e melhor trilha sonora adaptada no Festival Guarnicê – Maranhão.
Ano de 2005. Homenageado no dia do Brasil na França.
Ano de 2012. Especial em Homenagem a Azulão exibido pela TV ASA BRANCA afiliada da REDE GLOBO.
Ano de 2012. Homenageado São João de Caruaru-PE. Título São João Gonzagão e Azulão.
Ano de 2017. Homenagem com o Troféu Gonzagão em Campina Grande-PB.
PRÊMIOS E CONDECORAÇÕES
Ano de 2005. Troféu Talentos da Maturidade – 7ª Edição / Melhor Cantor Intérprete representando Pernambuco.
Ano de 2007. Troféu Ouro – Caruaru-PE.
Ano de 2016. Troféu Diva Pacheco/ Maior Teatro ao ar Livre do Mundo em Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, Pernambuco.
Ano de 2017. Troféu Gonzagão em Campina Grande-PB pela sua Contribuição com a Cultura.
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